Sou mulher é gosto de homem,mas tenho que defender o direito que as pessoas possuem de ser diferentes de mim.
Não sou dona da verdade,ninguém é.
Isso tudo acontece por conta de uma religião que deturpou o conceito de dignidade.
Que direito eu tenho de impor minhas verdades?Nenhum.
Um casal de homens homossexuais foi condenado a 14 anos de prisão no Malawi, país da África Oriental. Os homens foram considerados culpados por perversidade sexual e atentado grave ao pudor.
Steven Monjeza e Tiwonge Chimbalanga, ambos na casa dos 20 anos, estavam presos desde Dezembro, altura em que celebraram uma cerimónia tradicional de noivado.
A condenação do casal, no início desta semana, causou revolta na comunidade internacional. A sentença foi anunciada hoje, quinta-feira.
A homossexualidade é proibida pelas leis de Malawi desde a época colonial.
Nyakwawa Usiwa-Usiwa, juiz que proferiu a sentença, disse: "Darei uma sentença rigorosa para que o público esteja protegido de gente como vocês, para que não sejamos tentados a copiar esse exemplo horrendo".
Segundo o correspondente da BBC Raphael Tenthani, Monjeza começou a chorar ao ouvir as palavras do juiz.
Karen Allen, correspondente da BBC na África do Sul, disse que, com a sentença, é possível que o Malawi seja alvo de ameaças diplomáticas de países europeus. A pena é considerada uma das mais severas dadas a um casal gay, embora em países como o Irão, a homossexualidade seja punida com a pena capital.
Visão internacional
A defesa do casal argumentou, em vão, que ninguém foi prejudicado pelas acções dos jovens.
Para Michelle Kagari, vice-directora da Amnistia Internacional para África, o casal pode ser considerado "prisioneiro de consciência".
“Estar num relacionamento não deveria ser um crime. Os direitos humanos, os direitos deles foram flagrantemente violados", disse Kagari.
A activista classificou a condenação do casal como um "passo atrás" para o Malawi.
De acordo com a Amnistia, o casal teria sido espancado pela polícia e Tiwonge Chimbalanga, um dos condenados, teria sofrido exames anais forçados para verificar se o relacionamento foi "consumado".
Segundo a vice-directora, este tipo de exame, sem consentimento, "contraria a proibição absoluta de tortura e outras formas de tratamento desumanas, cruéis e degradantes".
Sendo um país que depende em 40% de doações e ajuda comunitária, a pressão diplomática exterior pode trazer efeitos negativos para o Malawi.
(Fonte)
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1574714
Até mais, e obrigado pelos peixes!
Há 2 anos
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